segunda-feira, 18 de março de 2013

A Certeza

A ansiedade tomava le  o corpo. Estava um pouco embriagado, penso ser normal pois aquela paixão o deixava por total alucinado. Loucura!? Sim.
Mentia pra se mesmo não passar de uma aventura. Isso lhe fazia bem, dizia.
Penso terem marcado algo, pois não aparava de observar o horário a seu celular ou torpedo à cair.
Estava com uns amigos na rua. Despediu-se disse estar indisposto. E estava.
Às horas pareciam estar a cair como cai uma folha de outono.
Havia perdido a cabeça, esqueça.
Subia pela rua principal da cidade. Havia muito a perder, eu perco, ele perde, nós perdemos. Nós!? --Temia nunca usar essa palavra para designa-los, nós repetia incansavelmente.
A lua estava a observar, silenciosa, o que haveria de ocorrer. E ele por um instante a olhou, estava cheia, linda. Gostava de tolices e simplicidades, como essa. Continuava a subir pela rua, quase a ver a insignia da igreja católica. Tanto sofrimento vem a ser aquela insignia. Dor, sangue, doação, fé, isso o fez ficar pensativo. Pensativo apenas.
Um passo falso o fez cair e ficar lúcido de que aquilo tudo era um sonho. Estava ele a perambular sonâmbulo?
Apressou os passos ao encontro de seu amante. A frente da casa amarela sentia, grandes arrepios, instalou de frete a porta e começou a bater. Batia, batia, batia e nada. Chamava, chamava... Começou a chorar. Resolveu ligar, disse ser um numero nunca antes ativo. E agora?  Suando frio seu corpo estava sem consolo. Soluços misturados com choro. Até mesmo a lua, antes tão linda se escondeu perante aquele feito. Fechou os olhos encolheu se perante uma palmeira foi chorando, chorando. Uma dor nunca sentida por ele estava prestes a o esmagar.
Não conseguia enxergar nada, resolveu correr, correu, correu. Começou a voar. Isso, ele estava voando, livre e preso, mas voando.

Nenhum comentário:

Postar um comentário