sábado, 6 de abril de 2013

Garoto em Chamas

Foi bonito, intenso, corajoso. Pena que apenas eu vi. Amor, isso tudo acabou e oque restou foram as lembranças, que me enlouquecem.
                                              Quem é você realmente?
Mesmo hoje não o sei, ou sei e escondo de mim; compreendo suas razões, não nos aceitariam, nunca. Estou triste e em pedaços. Me levantarei , serei com um fenix. Faria de  tudo, tudo para que nada estivese acontecido, mas também diria fique, fique...
                                             Quem é você realmente?
Não encontraria palavras para obtê-lo, seu sorriso, seu olhar, me saciavam. Estava escrito que não seria algo lindo e duradouro, apenas eu não vi. E o que faço agora? Se aprendi a viver numa ilusão criada por mim. Buscava em você respostas de questões sobre mim.
Fé, uma barreira que não conseguiria...
Estou ensandecido, rogo que me atendam e internem-me, é errado, sujo, nojento, será que tenho alma? Não, não tenho. Lancem-me ao fogo...já estou em chamas.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Cruzando todos os dias a mesma rua, no mesmo horário e via sempre a mesma pessoa. Um homem, desses calados, estranhos, que aparentam sentir medo de si mesmo. Como se vivesse com um monstro dentro de si, pronto para atacar. E ele uma vítima não saberia administrar tamanha força. Não era algo que aparentava  prazer. Tinha medo, medo de que as pessoas notassem esse monstro que abitava o mas profundo de seu ser. Não é apenas algo que se toma, é algo dado. No oculto de sua essência sabia ele, que isso não era parte de uma doença. Que precise de tratamento, orações...
O que fariam com ele se o  abardasse ?
Seria ele impuro? Sujo?
Pessoas assim, desse feitio, deveriam ser queimadas?
Sentia uma pequena vontade, pequena apenas: Lutar pelo justo, pelo bom e pelo melhor do mundo. Mas era dessas pessoas que preferem ficar pensando, porem, todos sabemos que existe um longo caminho entre pensar e realmente acontecer.

segunda-feira, 18 de março de 2013

A Certeza

A ansiedade tomava le  o corpo. Estava um pouco embriagado, penso ser normal pois aquela paixão o deixava por total alucinado. Loucura!? Sim.
Mentia pra se mesmo não passar de uma aventura. Isso lhe fazia bem, dizia.
Penso terem marcado algo, pois não aparava de observar o horário a seu celular ou torpedo à cair.
Estava com uns amigos na rua. Despediu-se disse estar indisposto. E estava.
Às horas pareciam estar a cair como cai uma folha de outono.
Havia perdido a cabeça, esqueça.
Subia pela rua principal da cidade. Havia muito a perder, eu perco, ele perde, nós perdemos. Nós!? --Temia nunca usar essa palavra para designa-los, nós repetia incansavelmente.
A lua estava a observar, silenciosa, o que haveria de ocorrer. E ele por um instante a olhou, estava cheia, linda. Gostava de tolices e simplicidades, como essa. Continuava a subir pela rua, quase a ver a insignia da igreja católica. Tanto sofrimento vem a ser aquela insignia. Dor, sangue, doação, fé, isso o fez ficar pensativo. Pensativo apenas.
Um passo falso o fez cair e ficar lúcido de que aquilo tudo era um sonho. Estava ele a perambular sonâmbulo?
Apressou os passos ao encontro de seu amante. A frente da casa amarela sentia, grandes arrepios, instalou de frete a porta e começou a bater. Batia, batia, batia e nada. Chamava, chamava... Começou a chorar. Resolveu ligar, disse ser um numero nunca antes ativo. E agora?  Suando frio seu corpo estava sem consolo. Soluços misturados com choro. Até mesmo a lua, antes tão linda se escondeu perante aquele feito. Fechou os olhos encolheu se perante uma palmeira foi chorando, chorando. Uma dor nunca sentida por ele estava prestes a o esmagar.
Não conseguia enxergar nada, resolveu correr, correu, correu. Começou a voar. Isso, ele estava voando, livre e preso, mas voando.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Linguagem sonânbula

 Pensar. Pensar. Essa loucura humana me deprime. Me tira as vontades, a coragem. Tudo confuso e perigoso demais.
 Olho para o céu úmido e escuro, assim como minha vida. Nada disso parece fazer sentido. É desordenado como meus pensamentos.
 Ser ou não ser, eis a questão.
 Não tenho muitas certezas, mas, uma delas é que estou extremamente exausto. Rogo a Deus um sinal mas, Ele não responde...
 Penso em nosso último abraço: quente e aconchegante. Auspicioso e satisfeito. Seus olhos embriagavam me. Louco em uma especie de suspensão da realidade. A realidade, uma grande e poderosa inimiga dos que se alimentam de ilusões.
 Sim. Loucas e desenfreadas memorias. Para me libertar às escrevo.
 Daria meu último centavo por um outro encontro. Pois é preferivel viver em um mundo falso, mas colorido e prazeroso, do que ser forçado a perambular por um mundo verdadeiro, completamente só.